Dormem as buganvílias, o róscido da manhã.
Gatos que passam, levando  sombras consigo.
E por todo o jardim, insectos voltejam, 
tontos  de janelas.
Acendem-se as primeiras luzes… aracnídeos
montam  suas tendas, entre as frestas, da madeira
carcomida. 
Caem  algumas gotas de água, pendendo das telhas
humedecidas… ao arrepio do  vento matinal.
E ao longe já se escutam os primeiros pássaros,
trinando  recentes vislumbres, de claridade.
Latem cães… no fim da cidade. 
Choram crianças… cujo os nomes não sei.
Puxo-te para  mim. E acordo-te com um beijo.
Vide, amor, é o inverno, que  chega!
Jorge Humberto

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