quarta-feira, 23 de junho de 2010

A Casa

Uma casa se avista em coqueiros
em formas de ripas,
Uma casa enche a vista,
simples bambus
envoltos em barro.
Nem imagina o
que se passará por entre
 as suas portas e janelas
telhado e assoalho.
Tudo é novo,
ingenuidade infantil.
Beleza da juventude...
Ela cresce...
simultaneamente,
crianças crescem.
E à medida que envelhece...
sofre!

A cada perda, cai-lhe
um torrão da parede...
E sorri!
A cada conquista
também festeja.
Vibra em alegria ao
primeiro som da vitrola.
E brinca com os
passos pesados de dança
e sons instrumentais
em seu assoalho.
E se recolhe nas despedidas
de filhos seus sim,
nasceram e viveram em suas entranhas
Por que não mãe?
Pra vê-los novamente?
Certamente não,
nem todos...
Urra dor de mãe...
És matéria, não falas
  - diriam alguns...
 Ilusão, ela diz,
em cada marca.

Em suas gastas e velhas 
paredes...rabiscadas...
com cada imperfeição...
conta tudo que passa,
tudo que viu...
Não te trocaria por nada,
tem mérito de Pai,
tem força de Pai.
Mesmo gasta, mesmo imperfeita
reconheço,
pena dos que não foram
criados em
você...


Ednei Clemente

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