Os telhados da vila
se aquietam cedo
no tardar do dia, 
amornados  pelo toco
da vela do crepúsculo.
Mais adiante
da prumada  dos tapumes
nos beirais sem janelas, 
os ninhos tramados 
e os  ecos dos pios
anunciam a noite...
Como um manto, 
a noite  cobre os telhados.
E sob os telhados,
a noite beija.
 
O galo  do canto rouco
canta uma vez 
e se aninha nas galhas
mais  altas da figueira.
O galo ronca.
Silêncio:
a vila dorme.
Edilson José

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