quinta-feira, 29 de outubro de 2009

“Entre a Serpente e a Estrela”


Há um brilho de faca
Onde o amor vier
E ninguém tem o mapa
Da alma da mulher...

Ninguém sai
Com o coração sem sangrar
Ao tentar revelar
Um ser maravilhoso
Entre a Serpente
E a Estrela...

Um grande amor do passado
Se transforma em aversão
E os dois lado a lado
Corroem o coração...

Não existe saudade
Mais cortante
Que a de um
Grande amor ausente
Dura feito um diamante
Corta a ilusão da gente...

Toco a vida prá frente
Fingindo não sofrer

Mas o peito dormente
Espera um bem querer

E sei que não será surpresa

Se o futuro me trouxer

O passado de volta

Num semblante de mulher

O passado de volta
Num semblante de mulher...

Zé Ramalho

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