terça-feira, 25 de novembro de 2008

Delírios Noturnos


Não te incomodes, amor, não te incomodes,
Se em meus sonhos acaso te assusto.
É que meus demônios acordam enquanto durmo,
E varrem meus porões do inconsciente.
E nessa infatigável varredura,
Milhões de fragmentos em luta insana
Desabrocham num texto sem sentido,
Despejado da boca (o instrumento).
São pedaços do enredo de uma vida
Verdadeira e ilusória a um só tempo,
Que inda procura a chave dos mistérios
Que regem essa existência indecifrável.

Se acaso despertas e te assustas,
Durante meus delírios insondáveis,
Sacode esse meu corpo ora tomado
Que, com certeza, renasce a um beijo teu.

Antônio Carlos da Silva(Carlito)

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